Do sertão

Postado por Taiane Maria Bonita , sexta-feira, 29 de outubro de 2010 13:34


Das flores trazidas pelos ventos da primavera a que mais me encanta é aquela que cautelosamente encontra espaço entre a terra ressequida do sertão e o desejo de florescer. Quem já sentiu no rosto o sopro quente do ar do sertão entenderá tamanha admiração.



Enquanto espera pacientemente que a chuva venha presentear suas folhas a intrépida flor conta com o brilho do luar para afagar as pétalas que durante o dia cederam suas cores aos raios do sol.


Imensidão

Postado por Taiane Maria Bonita , domingo, 24 de outubro de 2010 02:54

Ponho-me a refletir ao passo que projeto meu corpo para trilhar sobre as linhas férreas que conheci desse país; elas levam-me ao longe, mesmo que meus pés estejam de fato cravados ao chão. O emaranhado de trilhos carrega meu pensamento pelo chão extenso até a Amazônia e os seringais. Terra que carrega um tesouro, e berço da estrada de ferro; peregrino até a Amazônia para que consiga encontrar-me dentro de meu próprio ser.

De fim a princípio.

Postado por Taiane Maria Bonita , sexta-feira, 8 de outubro de 2010 12:10

Escondi meu rosto para mostrar-lhe minha mão; não aquela que toca, acaricia, ou manuseia, a que dá cordas aos confins de minha imaginação. A mão que preenche o papel branco, que colore as lacunas do pensar e assim dá vida.

Aqui! Não é a boca e sim a mão que ganha a incumbência de contar; contar histórias, quaisquer que sejam elas. Porque antes de tudo nada era; e no princípio tudo era verbo, e só depois veio a palavra. Da palavra veio o contar e do contar a história.

Eis-me aqui! Exatamente aqui, entre o contar e a história!