Instante

Postado por Taiane Maria Bonita , quinta-feira, 25 de março de 2010 18:26

O horário era o mesmo de todas as outras vezes que nos encontrávamos. Não havia outra opção, eu deveria pegar aquele mesmo ônibus. Talvez você já tivesse o tomado, talvez você nem fosse, mas meu coração insistia em me alertar que eu teria de lhe encontrar.

O compasso que minhas artérias bombeavam o sangue de meu peito inflavam meu órgão o deixando quase desproporcional. Sentia como se a qualquer momento meu coração fosse saltar para fora de mim. O tempo que levei para me arrumar pareceu se multiplicar. Mas enfim estava pronta, tentei enrolar o quanto pude, queria evitar o momento de sair de casa.

Desci cada degrau da escada como se fosse um degrau para meu próprio precipício. Cheguei na parada, o ônibus não tardaria a passar. Cada segundo era uma martelada em meu peito, por vezes de uma tamanha intensidade que chegava a me sufocar.

Percebi o coração acelerar ainda mais, se é que isso era possível, era o ônibus se aproximando. O veículo parou, o motorista abriu a porta, eu respirei fundo, coloquei o pé no primeiro degrau da porta e me muni de minha mais profunda coragem para seguir em frente. Entrei no ônibus, fechei os olhos, soltei o ar de meus pulmões e abri as pálpebras novamente...

Você não estava lá. Passei a catraca e me dirigi até o banco o mais rápido possível, com movimentos quase que mecanizados. Por um momento minha mente se esvaziou, por um momento meu coração parou; oprimido pelo peso de sua ausência.

Chorei!!

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