Fitas ao vento

Postado por Taiane Maria Bonita , terça-feira, 9 de junho de 2009 15:00

Para Mayara, Aline e Rafaela, pois se ninguém entender minhas palavras, vocês entenderão! XD









Fitas ao Vento



Fitas ao vento, sorriso na cara, frio no corpo todo. Fitas ao vento, uma cidade a descobrir e o frio a espantar. Era domingo de um inverno rigoroso, as roupas cobrindo o corpo, blusa por cima de blusa, e os casacos eram pesados. O vento era frio mas a animação o superava. Recém chegadas a Curitiba, com sono, cansadas da viajem mas com um sorriso na cara. E a vontade de sair descobrindo o novo mundinho maior do que a necessidade de esperar o credenciamento.

Fila, frio, espera, elevador; daqueles de cinema que deixaria Stephen King louco por uma máquina de escrever. Crachá, caneca, camisinha? Credenciamento! Elevador e finalmente as ruas de Curitiba. Informação, padaria, hummm... café da manhã. Com coca-cola? Quem disse que precisa ser com leite quente?! Pirulito, balança ... regime.


Encontro na reitoria, todos a caminho do céu. Almoço. Olha a bandeja! O feijão é bom! E tem lugar pra por os talheres! Nossa tem suco! E dá pra por o copo também! Um “que chique” em coro. Fim do almoço, vadiagem, passeio pelo... passeio público?! Que nome esquisito! Será que tem pedalinho? Cinco reais! Não quero mais. Os gansos no laguinho, a ponte: “vamos passear na floresta...”. A placa: “não balance a ponte”. O peixe: “veeem aqui”. Meninas podem falar com animais e por que não? Não é por que baleiês não é ensinado nas escolas que ele não pode ser aprendido. Passeio na praça. O que é aquilo? Uma cenoura? Não um teatro. Quanto é a entrada? De graça. Salvem os eventos culturais gratuitos.


O ônibus, o Largo da Orla, material de consumo, pouco dinheiro. Não acredito... o quê? Malabares. Droga não tenho grana. Conversa com o vendedor: “Tio pelo amor de Deus me dá teu telefone que até o fim da semana eu quero um desses.” Entrada no teatro, ou será o que era aquilo? É bonito! Eu quero um malabares! Olha a pintura! Eu também quero um! Vai ter apresentação? Mas não tenho dinheiro! Vamos pro segundo andar? Eu te empresto...


Ligação, espera, animação... pechincha, desconto... e finalmente as três saem com o brinquedo novo na mão. Fitas ao vento. Vamos voltar? Fitas ao vento, bolada na cabeça, nas pernas, ai, nas costas. “Meu deus preciso aprender a fazer isso”. Vamos pedir dinheiro? Vamos. “Somos estudantes de letras participando de um encontro, mas somos desprovidas de dinheiro. Colabora aí!? Olha as meninas são esforçadinhas.” Papai tem muito em casa. “Colabora aí?! Só pra alimentar nosso ego?!” Dezessete reais, praticamente uma fortuna. O que vamos fazer com o dinheiro? Uma viagem! Planos. Jardim Botânico. Tem bastante gente isso significa bastante dinheiro. O guarda: “é proibido pedir dinheiro aqui”, mas o show pode continuar. O despiste. Fitas ao vento, uma grande platéia, fitas ao vento, empresários novos, fitas ao vento, sessenta centavos. E assim termina a nossa participação artística pedinte cultural no ENEL - Curitiba.

2 Response to "Fitas ao vento"

Rafaa Says:

quem ve a foto até pensa né... OIUHAIUAHOIUA

ENEEEEEEEEEEEEEL... que loucura!
eu preciso de mais desses! :P

beeeeeeeeijos

Anônimo Says:

eEEEEee

acho que fui eu que tirei essa foto né!
me identifiquei com o post!! =P
saudades...

beijo!

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